Grandes estabelecimentos com preços baixos têm se tornado a principal opção para os shoppers nos grandes centros urbanos do país
Quem tem mais de 30 anos de idade deve se lembrar de como a rotina de compras mudou. Na época da hiperinflação, era fundamental abastecer a despensa logo que se recebia o salário, que desvalorizaria muito em poucos dias. Isso acarretava mercados lotados em dias específicos do mês, filas grandes e carrinhos muito lotados. Desde então, com o controle inflacionário, a desvalorização do salário ao longo do mês passou a ser pequena o suficiente para que as pessoas pudessem fazer as compras em intervalos menores.
Hoje em dia, as “compras do mês” estão de volta, graças à chegada dos atacarejos. São mercados grandes que operam no sistema cash and carry, ou “atacado de autosserviço”. Eles têm as mercadorias em grandes volumes ou embalagens e caixas normalmente destinadas a abastecer mercados menores, que compram no atacado. No entanto, estão abertas também a compras feitas por pessoas físicas, que podem comprar os produtos de forma unitária, como em um varejo normal.
Para o consumidor final, as principais vantagens do modelo são duas:
Melhor preço: como fazem compras e vendas em quantidades maiores, os atacarejos possuem preços mais atrativos para o consumidor final.
Praticidade: aproveitando o espaço maior, as lojas que praticam esse modelo têm áreas dedicadas a todos os tipos de produtos que compõem a cesta mensal do consumidor. Nelas se encontra tudo em um só lugar.
O formato cresceu nos últimos anos: o faturamento passou de R$ 80 bilhões em 2015 para R$ 230 bilhões em 2021, de acordo com dados da Associação Brasileira dos Atacarejos (Abaas). Ainda assim, e mesmo que essa fatia tenha tomado boa parte do espaço dos super e dos hipermercados, os formatos varejistas continuam existindo. Para compras menores, de conveniência, as lojas mais próximas ao consumidor continuam tendo força.
Fontes: Giro News/Assai/E-commerce Brasil/ABAAS