Nos últimos anos, os hábitos alimentares estão se modificando rapidamente em todo o mundo. Uma pesquisa chamada “O Consumidor Brasileiro e o Mercado Plant-Based”, realizada em 2020 pelo The Good Food Institute (GFI) em parceria com o IBOPE, mostra que metade da população brasileira já está reduzindo o consumo de produtos de origem animal e começando a substituí-los pelos de origem vegetal.
As mulheres saem na frente, representando 54% dessa mudança, bem como as pessoas mais jovens, que representam 52%. Um fator interessante trazido pelos dados é que grande parte desses consumidores não são vegetarianos ou veganos – são os flexitarianos, pessoas que adotam uma dieta flexível, reduzindo o consumo de alimentos de origem animal sem interrompê-lo completamente. Segundo um relatório da Lightspeed/Mintel, esses consumidores representam 64% da população brasileira.
No que se refere a produtos de origem vegetal, segundo a pesquisa do GFI, as principais prioridades são ter menos gorduras e ter vitaminas, cálcio e zinco, empatadas em primeiro lugar. Em segundo lugar, outras duas opções: ter somente ingredientes naturais e menos sódio, seguidas pela quantidade de proteínas com 27%.
Nesse contexto, ainda segundo a Mintel, o mercado de leites especiais cresceu 60% em valor em 2020. E, nele, surge uma categoria em paralelo que substitui os leites em geral: as bebidas vegetais. Os novos consumidores estão procurando por benefícios suplementares e saudáveis, mesmo que tenham que pagar a mais por isso.
Bebida vegetal: uma nova aposta
Os Estados Unidos são os maiores contribuidores para a previsão de crescimento desse mercado, seguidos por França, Itália e Inglaterra. Esses mercados trazem inovação em termos de ingredientes, benefícios para a saúde, sabores e formatos de embalagem.
No Brasil, o mercado é novo e seu crescimento ainda é pequeno se comparado com países europeus. No entanto, diante dessas mudanças nos hábitos da população, as previsões são cada vez mais positivas.
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