Formatos distintos de cada produto podem atrair shoppers diferentes de acordo com o tipo de loja e a localização dentro do PDV.
Além de ser uma ferramenta importante de marketing, de manter os produtos nas condições ideais para o consumidor e de facilitar a logística de produção, transporte e estoque, a criação das embalagens leva em conta as ocasiões de consumo.
Nos atacarejos, modelos de loja em que as pessoas fazem as compras que abastecem a despensa de casa para o mês, as embalagens mais do que 50% maiores do que o tamanho médio de determinada categoria correspondem a mais de 40% do volume de vendas para produtos de limpeza, bebidas, perecíveis e commodities. Os dados são da consultoria Nielsen entre julho de 2021 e junho de 2022. Mesmo assim, com o aumento da frequência de compras por pessoas físicas, embalagens individuais também começam a ganhar importância no canal.
O movimento inverso acontece nas lojas convencionais, do tipo autosserviço. Aqui, o volume de vendas de bebidas com embalagens menores do que a média da categoria cresceram 12,4% no mesmo período. Isso tem a ver com a ocasião de consumo: quem compra no atacarejo está levando o produto para casa, onde vai estocar e porcionar depois, enquanto as embalagens menores do varejo comum facilitam o consumo imediato.
Essa diferença de ocasiões de consumo pode ser explorada dentro da mesma loja por meio da dupla exposição. No corredor específico do produto, fica a embalagem maior, para quem está fazendo as compras de reabastecimento da casa. Em outros locais, as embalagens menores, associadas aos produtos que são consumidos ao mesmo tempo. Assim, o shopper compra tudo o que precisa sem precisar procurar.
Além do tamanho, outras características das embalagens são importantes e a relevância delas pode ser diferente de acordo com o perfil. As informações que trazem também recebem atenção, e a legislação sobre isso mudou recentemente e os produtos têm data marcada para se adequar.